"Seja a mudança que você quer ver no mundo." - Mahatma Ghandi

A idéia deste blog surgiu a partir do contato com a realidade comum de diversos públicos: empresas, universidades, comunidades, etc. Depois de muito ouvir conceitos equivocados sobre o tema sustentabilidade, resolvi fazer a minha parte!

Bem-vindo! Fique à vontade para questionar, contribuir, transformar!

domingo, 31 de outubro de 2010

Teoria dos Sistemas Vivos – Parte 2

Olá! Hoje vamos ver como os princípios básicos de organização dos ecossistemas podem ser utilizados para a construção de comunidades humanas sustentáveis. Assim, levando-se em consideração a experiência de mais de três bilhões de anos de evolução dos ecossistemas da terra, seguem os seus princípios (baseado no livro “A Teia da Vida” de Fritjop Capra):

Interdependência: todos os membros de uma comunidade ecológica estão interligados numa grande rede de relações, a teia da vida. Logo, a interdependência (dependência mútua de todos os processos vitais dos organismos) é a natureza de todas as relações ecológicas. Assim, é importante a nossa mudança de percepção das partes para o todo, de objetos para relações, de conteúdo para padrão, ou seja, pensar de forma sistêmica. Uma comunidade humana sustentável está ciente das múltiplas relações entre seus membros, nutrir a comunidade significa nutrir estas relações. Então, o sucesso da comunidade toda depende do sucesso de cada um de seus membros e o sucesso de cada membro depende do sucesso da comunidade como um todo.

Reciclagem: sendo sistemas abertos, todos os organismos de um ecossistema produzem resíduos, mas o que é resíduo para uma espécie é alimento para outra, de modo que o ecossistema como um todo permanece livre de resíduos. Um dos principais desacordos entre a economia e a ecologia vem do fato de que a natureza é cíclica, enquanto que nossos sistemas industriais são lineares. Assim, extraímos recursos e os transformamos em produtos e resíduos. Os padrões sustentáveis de produção e de consumo precisam ser cíclicos, como na natureza. Para conseguir estes padrões cíclicos, precisamos replanejar num nível fundamental nossas atividades comerciais e nossa economia. Como exemplos, poderia ser mais utilizada a energia solar (que é a fonte básica de energia dos ecossistemas) e implantar gradativamente impostos ecológicos (para que os preços refletissem melhor os custos reais, e falando nisso lembra da postagem sobre
Capital Natural?).


Cooperação: nos ecossistemas os intercâmbios cíclicos de energia e de recursos são sustentados por cooperação generalizada. Na sociedade humana atual, a economia enfatiza a competição, a expansão e a dominação; mas a ecologia enfatiza a cooperação, a conservação e a parceria (hum, parece que estamos indo para a direção errada...). Nas comunidades humanas, parceria significa democracia e poder pessoal, pois cada membro da comunidade desempenha um papel importante. À medida que uma parceria se processa, cada parceiro passa a entender melhor as necessidades dos outros. Numa parceria verdadeira, confiante, ambos os parceiros aprendem e mudam, eles coevoluem. Veja mais sobre este assunto na postagem “Cooperação como chave do sucesso”.

Flexibilidade: em um ecossistema, é uma conseqüência de seus múltiplos laços de realimentação, que tendem a levar o sistema de volta ao equilíbrio sempre que houver um desvio com relação ao padrão, devido a condições ambientais mutáveis. A falta de flexibilidade se manifesta como tensão e esta ocorre quando uma ou mais variáveis do sistema forem empurradas até seus valores extremos, o que induzirá uma rigidez intensificada em todo o sistema. Assim, administrar um sistema social (uma empresa, uma cidade ou uma economia) significa encontrar os valores ideais para as variáveis do sistema. Se tentarmos maximizar qualquer variável em vez de otimizá-la, isso levará à destruição do sistema como um todo. O princípio da flexibilidade também sugere uma estratégia correspondente para a resolução de conflitos. Em toda comunidade sempre haverá contradições e conflitos, que não podem ser resolvidos em favor de um ou do outro lado. Por exemplo, a comunidade precisará de estabilidade e de mudança, de ordem e de liberdade, de tradição e de inovação. Esses conflitos inevitáveis são muito melhor resolvidos estabelecendo-se um equilíbrio dinâmico, em vez de decisões rígidas que privilegiem apenas um dos lados.

Diversidade: nos ecossistemas, o papel da diversidade está estreitamente ligado com a estrutura de rede do sistema. Um sistema diversificado também será flexível, pois contém muitas espécies com funções ecológicas sobrepostas que podem, parcialmente, substituir umas às outras. Nos ecossistemas, a complexidade da rede é uma conseqüência da sua biodiversidade e, desse modo, uma comunidade ecológica diversificada é uma comunidade elástica. Nas comunidades humanas, a diversidade étnica e cultural pode desempenhar o mesmo papel. Diversidade significa muitas relações diferentes, muitas abordagens diferentes do mesmo problema. No entanto, a diversidade só será uma vantagem estratégica se houver uma comunicação realmente vibrante, sustentada por uma teia de relações. Se a comunidade estiver ciente da interdependência de todos os seus membros, a diversidade enriquecerá todas as relações e, desse modo, enriquecerá a comunidade como um todo, bem como a cada um dos seus membros.


Interessante, não?! Agora pense em como estes princípios podem ser aplicados na sua vida. Pensar para entender, sentir, mudar...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Teoria dos Sistemas Vivos

Olá! Você se lembra de já ter visto antes a seguinte expressão?
“O todo é mais do que a soma de suas partes.”

Pois é, esta é a noção básica da teoria dos sistemas, que está atualmente contrapondo o paradigma mecanicista para o ecológico (sistêmico). Para entender melhor, vamos falar um pouco de história (baseado no livro “Teia da Vida” de Fritjop Capra).

Nos séculos XVI e XVII, com as novas descobertas na física, astronomia e matemática, a visão de mundo medieval baseada na filosofia de Aristóteles e na teologia cristã, mudou completamente. A visão de um mundo orgânico, vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como uma máquina.

Assim, naquela época Galileu Galilei restringiu a ciência ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e quantificados. René Descartes criou o método do pensamento analítico, que consiste em quebrar fenômenos complexos em pedaços a fim de compreender o comportamento do todo a partir das propriedades de suas partes. O universo material, incluindo os organismos vivos, era uma máquina para Descartes, e poderia em princípio, ser entendido completamente analisando-o em termos de suas menores partes. Então Isaac Newton, com sua mecânica newtoniana , complementou os conceitos de Galileu e Descartes, isto é, o mundo como uma máquina perfeita governada por leis matemáticas exatas.

Tudo isto foi bastante importante para aquela época e permitiu vários avanços na ciência, mas não pode explicar tudo, afinal de contas “não somos máquinas”. Como William Blake escreveu de forma engraçada: “Possa Deus nos proteger da visão única e do sono de Newton”. E como Goethe escreveu de forma filosófica: “Cada criatura é apenas uma gradação padronizada de um grande todo harmonioso”.

Mas falando de forma um pouco mais cientifica, de acordo com a visão sistêmica, as propriedades essenciais de um organismo ou sistema vivo, são propriedades do todo, que nenhuma das partes possui. Elas surgem das interações e das relações entre as partes. Essas propriedades são destruídas quando o sistema é dissecado, física ou teoricamente, em elementos isolados. Um exemplo bem interessante é o sabor do açúcar, que não está presente nos átomos de carbono, de hidrogênio e de oxigênio, que são os seus componentes.

Segue um vídeo (parte do filme “Ponto de Mutação”) que exemplifica didaticamente estes conceitos:





Interessante, não?! Na próxima postagem vamos ver como esta teoria dos sistemas pode ser utilizada para a construção de uma sociedade sustentável.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sustentabilidade na Prática Industrial - Caso Interface

Olá! Vimos nas postagens anteriores algumas ferramentas para a sustentabilidade e até um estudo cientifico que ganhou o prêmio Nobel. Hoje vamos falar sobre a sustentabilidade na prática industrial em um caso bem interessante, o da empresa Interface.

A Interface é uma empresa americana de carpetes, que tem sido considerada exemplo mundial de sustentabilidade. O dono, Ray Anderson, desde que leu o livro de Paul Hawken “A Ecologia do Comércio” em 1994, resolveu desafiar os seus colaboradores a liderarem a empresa e o mundo industrial para a sustentabilidade.


Assim, desde esta época ele lançou um objetivo audacioso para a Interface: “Não tirar nada da terra que não possa ser substituído por ela.” E estudando a equação de impacto ambiental de Paul e Anne Erhlich, chegou a algumas idéias iniciais para este grande desafio.

I = PxAxT
Onde,
I = Impacto ambiental
P= Tamanho da população
A= Média do consumo individual, medido pelo PIB per capita
T = Tecnologia empregada e seu impacto em termos de emissões de gases do efeito estufa

Segundo Ray Anderson esta equação representaria as características da primeira revolução industrial, ou seja:
- Extrativista: extração de matéria-prima da terra
- Linear: extrair-fabricar-desperdiçar
- Alimentada por energia derivada de combustível fóssil
- Desperdiçadora, abusiva e focada na produtividade da mão-de-obra

Então revisou a equação de Paul e Anne Erhlich para:
I = (PxA)/T2
Onde,
T2 = Tecnologia do futuro

Esta equação representaria a nova revolução industrial:
De extrativista para renovável
- De linear para cíclica (logística reversa e tecnologia de reciclagem pós-consumo)
- De energia de combustível fóssil para energia renovável
- De desperdiçadora para sem desperdício, benigna e focada na produtividade dos recursos

Desde então, a Interface conseguiu:
=> Redução de emissão de gases do efeito estufa em 82%
=> Redução no consumo de combustíveis fósseis em 60%
=> Redução de resíduos em 66%
=> Inventar e patentear novas máquinas, materiais e processos de manufatura

Ok, você pode estar pensando que isto tudo é muito bonito, mas que o objetivo de uma empresa é ter lucro, não!? E eu respondo: quem foi que disse o contrário? Adivinhe então o que aconteceu com a Interface neste mesmo período? Veja só:

=> Aumento de 66% nas vendas
=> Aumento de 100% nos lucros!

Quem disse que é necessário escolher entre sustentabilidade e lucratividade? Por que não escolher ambos?

Ray Anderson propõe ainda outra equação para a nova civilização:
I = (PxA) / (T2 x H)
Onde,
H = felicidade (mais felicidade com menos recursos materiais)

Uau, quanta mudança de paradigma! Beeemmm interessante não!?

Segue a seguir vídeo com uma entrevista com Ray Anderson. Para legendas em português clique em “View Subtitles” e escolha “Portuguese (Brazil)”.
Bom vídeo e até breve!




segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cooperação como a chave do sucesso - Prêmio Nobel Economia

Olá! Hoje vamos falar de um assunto que foi tema do prêmio Nobel de economia deste ano. Calma aí, não se preocupe, não é nada complicado...quem disse que as coisas importantes devem ser difíceis?

O assunto é “Cooperação como a chave do sucesso”, resultado de um extenso trabalho de campo da cientista Elinor Ostrom, que foi a primeira mulher a ganhar o prêmio Nobel de Economia.

Ela contesta a teoria da “Tragédia do bem-comum”, na qual o ser humano estaria fadado ao conflito devido à escassez de recursos. Por exemplo, em um lago com poucos peixes de uma comunidade, as pessoas tenderiam a pescar o máximo possível para se garantirem, sem pensarem nas necessidades dos outros moradores e no ecossistema como um todo. Assim, como resultado em pouco tempo o lago não teria mais peixes.

Segundo esta teoria dos comuns, as pessoas pegariam tanto quando pudessem, e elas seriam incapazes de conversar pessoalmente e resolver a situação, porque não haveria terceiros (governo, por exemplo) para fazer cumprir a decisão.

No entanto, o que Elinor Ostrom descobriu em pesquisas de campo foi que quando as pessoas podiam (e queriam!) conversar e conquistar a confiança uma das outras, atingindo a cooperação, elas prosperavam mutuamente! Interessante não!?

Ela buscou vários exemplos e analisou pequenas sociedades, que em vez de competirem entre si pelos mesmos recursos naturais até a extinção, aprenderam a cooperar para sobreviver. Seu trabalho demonstra que, em muitos casos, sociedades são capazes de prosperar criando alternativas para resolver conflitos de interesse, respeitando o semelhante e garantindo sustentabilidade, sem necessariamente depender de governos e outras autoridades.

Entretanto, Elinor Ostrom adverte que isso não significa que as pessoas sempre resolverão os conflitos, mas a teoria dizia que elas nunca resolveriam, e ela conseguiu demonstrar que frequentemente as pessoas conseguem. Segundo ela, em vários casos pessoas se saem melhor que governo ou órgãos privados, porém nem sempre. Ela destaca que não existe um padrão único para chegar a uma solução, que as pessoas precisam aprender a lidar com a variedade de problemas que enfrentam.

Mas, as dicas dela referentes à comunicação entre as pessoas e a confiança mútua como fatores de sucesso para a cooperação já representam um excelente ponto de partida, não!?

Veja a seguir entrevista com Elinor Ostrom (legendas em português):




Para mais informações sobre este assunto:
http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2009/ostrom.html

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Educação para Sustentabilidade

Olá! A mídia tem constantemente divulgado fatos que mostram que o mundo está vivendo uma crise complexa, com diversos problemas danificando o meio ambiente e a vida humana de uma forma crítica. E agora pergunto: O que se tem feito para corrigir esta situação? Será que estamos tentando resolver estes problemas com as ferramentas adequadas?

Então, o tema de hoje é: “Educação para Sustentabilidade”, que me faz lembrar uma citação do Einstein:

"O nosso maior erro é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes."

Uhm, isto é bem interessante, não!? Será que não estamos fazendo exatamente isto? O que tem mudado de fato nas grades curriculares para a formação de pessoas preparadas para esta nova realidade?

Vimos nas postagens anteriores conceitos bem interessantes como Capital Natural , Desenvolvimento Sustentável e “The Natural Step”, mas agora pergunto: Quantas instituições de ensino estão utilizando conceitos como estes para a formação de novos cidadãos?

Muiiita calma nesta hora, sim temos um grande caminho a trilhar na área de educação, mas já existem exemplos de iniciativas bem legais. Uma destas iniciativas (e que me orgulho de fazer parte) é o curso de extensão em Administração Sustentável realizado em parceria entre a Unindus/FIEP (Universidade da Indústria/Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e a UFPR (Universidade Federal do Paraná). Veja a seguir o vídeo da formatura da primeira turma que ocorreu no dia 06/08/10:



Iniciativas como esta mostram que é possível (e necessário!) atualizar o sistema educacional. Pense sobre isto. Pensar para entender, sentir, mudar...




sábado, 14 de agosto de 2010

Capital Natural

Olá! Hoje vamos falar sobre Capital Natural, um conceito bastante difundido em 1999 por Paul Hawken, Amory Lovins e Hunter Lovis.

Mas o que é capital natural? Segundo a Wikipédia, capital natural é uma metáfora para os recursos naturais, como água, terra e os mínerais, quando vistos como meios de produção.


Assim, capital natural considera os serviços que a natureza realiza normalmente como: fornecimento de oxigênio, reciclagem dos nutrientes do solo, tratamento da água, manutenção do equilíbrio do clima, reciclagem de carbono, entre outros...

Você já parou para pensar que a natureza realiza estes serviços de graça? Mas que apesar da natureza não cobrar por estes serviços, eles representam um grande valor para toda a humanidade. Interessante, não?!

Alguns cientistas estão quantificando o valor deste capital natural, assim em um estudo de 1997, Robert Constanza (Universidade de Vermont, EUA) e outros cientistas estimaram o valor anual dos fluxos globais de 17 serviços da natureza. Os resultados mostram que o capital natural da Terra rende, anualmente, um fluxo médio estimado de US$ 33 trilhões (valores de 1994) por ano, valor 1,8 vezes superior ao produto bruto mundial (US$ 18trilhões)!

Este estudo deixa muitíssimo claro que os serviços da natureza proporcionam uma importante parte para o bem-estar humano neste planeta, assim é muito importante dar o devido valor a eles nos processos de decisão, caso contrário o bem-estar humano pode ser muito afetado.


Outra forma de ver esta comparação é que se quiséssemos substituir os serviços da natureza, precisaríamos aumentar o produto bruto mundial para US$ 33 trilhões. Esta “missão impossível” não aumentaria o bem-estar humano, pois apenas substituiria os serviços prestados pela natureza, e, além disso, esta suposição ignora o fato que vários serviços da natureza são literalmente insubstituíveis.

Se o valor do capital natural fosse considerado na economia, o sistema global de preços seria muito diferente. O preço dos produtos “commodity” que usam direta ou indiretamente os serviços da natureza seriam muito maiores, e os fatores econômicos, incluindo salários, juros e lucros mudariam drasticamente. O produto bruto mundial seria bastante diferente tanto em magnitude, quanto em composição se fossem adequadamente incorporados o valor dos serviços da natureza.

Outro importante uso do valor do capital natural é o de avaliação de projetos, onde a perda dos serviços da natureza seriam pesados contra os benefícios de um projeto específico.

Agora pense em quão diferente seriam os conceitos da economia e da sociedade se este conceito fosse utilizado intensivamente nos processos de decisão.
Pensar para entender, sentir, mudar...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

The Natural Step - Análise A, B, C, D

Vimos nas postagens anteriores o que é o TNS (The Natural Step) e as suas quatro condições sistêmicas (princípios de sustentabilidade). Hoje vamos ver de que forma aplicar o TNS.

Começaremos com a definição do termo “backcasting”, isto é, planejar antecipadamente a partir de um ponto de partida de sucesso no futuro. O termo, desenvolvido por um cientista da Universidade British Columbia, simplesmente diz respeito a “ver o passado a partir do futuro”. Interessante, não!?

Este termo me faz lembrar de uma citação de Peter Drucker:
“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.

Então vamos criar este futuro! Seguem os passos da Análise A, B, C, D:

A. Modelo de pensamento participativo
Compartilhar e discutir a estrutura de referência do TNS entre todos os participantes de um processo de planejamento. É importante nesta etapa que todos entendam como os 4 princípios da sustentabilidade podem ajudar a organização a se “sustentar” na crescente condição de escassez de recursos no planeta.

B. Observação da situação atual
Relacionar os problemas e os fluxos críticos do momento com referência aos princípios de sustentabilidade. “De que maneiras, e até que ponto, estamos contribuindo para a violação dos princípios de sustentabilidade no momento?” Então, desenvolver indicadores e instrumentos para monitorar a descontinuidade gradual dessas contribuições.

C. Reflexão sobre o futuro
Imaginar um futuro em que a empresa ou a atividade atual não fazem mais parte do problema. “Como os serviços que prestamos à humanidade, e nos quais somos especialistas, podem ser oferecidos de maneira a não contribuir para a violação dos princípios de sustentabilidade?” Relacionar todas as possíveis soluções (mesmo se forem economicamente “não realistas” em curto prazo).

D. Elaboração de um programa estratégico
Priorizar as soluções da lista C em um programa de atividades iniciais para a mudança. Começar pelas soluções mais fáceis e à medida que forem sendo implementadas, mais soluções da lista parecerão financeiramente realistas e poderão ser sucessivamente implementadas.


Para saber mais sobre o The Natural Step recomendo o site:
www.thenaturalstep.org e o livro: The Natural Step - A História de uma Revolução Silenciosa, autor: Karl-Henrik Robèrt, editora Cultrix.

Na próxima postagem vamos falar de outros conceitos de sustentabilidade. Até breve!