O
mundo está enfrentando desafios complexos de sustentabilidade, que se manifestam
em muitas crises interdependentes, incluindo mudanças climáticas, desmatamento
e desertificação, fome e pobreza, escassez de água potável, problemas na saúde
pública, conflitos políticos, fracasso institucional, perda da biodiversidade, entre
outras. Todas estas crises diminuem a confiança das pessoas nas estruturas
sociais, nos líderes e até nelas mesmas.
O
que pouco se tem dito é que sustentabilidade, não é apenas uma forma de usar
melhor a tecnologia (por exemplo, energia mais limpa), é uma forma de “ser”
diferente. Como diz a Marina Silva, é valorizar o “ser” e não o “fazer”, o “ter”
ou o “parecer”.
Mas,
como valorizar este “ser” diferente? Seguem algumas dicas, os elementos de
liderança autêntica (estudada por pesquisadores como Bruce Avolio, William
Gardner, Fred Walumbwa), uma das teorias que estou usando na minha pesquisa de
doutorado:
Transparência
relacional: é o ser transparente, apresentar o verdadeiro “eu”, compartilhar honestamente
informações e sentimentos, promovendo assim confiança nas relações.
Autoconsciência:
esta é um pouco mais difícil, requer autoconhecimento e autodesenvolvimento ao longo
do tempo. Entender o mundo de uma forma maior, mais abrangente. Autoconsciência
alude a um processo profundo de descobrir quem se é, aprendendo sobre conceitos
e visões internalizadas, como se faz sentido do mundo e como o processo de
fazer sentido impacta a visão da pessoa ao longo do tempo. É como ir subindo
uma montanha ao longo da vida, e nesta subida ir descobrindo novos panoramas,
novas formas de ver e de entender o mundo e a si mesmo. Para mais veja a
postagem de “Teoria de Desenvolvimento Construtivo”.
Processamento
equilibrado: objetivamente analisar todas as informações relevantes antes de
tomar uma decisão, sem preconceitos com alguma informação que não caiba na
internalizada visão de mundo atual. Além disso, procurar pontos de vista que desafiem
as convicções mais profundas e tentar entendê-las de coração e mente abertos.
Perspectiva
moral internalizada: é uma forma interna de auto regulação, guiada por padrões
e valores morais internos ante pressões do grupo e da sociedade. Que resulta em
processos de decisão e de comportamento consistentes com os valores internos,
independente das pressões sociais para o contrário.
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