Olá! A mídia tem constantemente divulgado fatos que mostram que o mundo está vivendo uma crise complexa, com diversos problemas danificando o meio ambiente e a vida humana de uma forma crítica. E agora pergunto: O que se tem feito para corrigir esta situação? Será que estamos tentando resolver estes problemas com as ferramentas adequadas?
Então, o tema de hoje é: “Educação para Sustentabilidade”, que me faz lembrar uma citação do Einstein:
"O nosso maior erro é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes."
Uhm, isto é bem interessante, não!? Será que não estamos fazendo exatamente isto? O que tem mudado de fato nas grades curriculares para a formação de pessoas preparadas para esta nova realidade?
Vimos nas postagens anteriores conceitos bem interessantes como Capital Natural , Desenvolvimento Sustentável e “The Natural Step”, mas agora pergunto: Quantas instituições de ensino estão utilizando conceitos como estes para a formação de novos cidadãos?
Muiiita calma nesta hora, sim temos um grande caminho a trilhar na área de educação, mas já existem exemplos de iniciativas bem legais. Uma destas iniciativas (e que me orgulho de fazer parte) é o curso de extensão em Administração Sustentável realizado em parceria entre a Unindus/FIEP (Universidade da Indústria/Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e a UFPR (Universidade Federal do Paraná). Veja a seguir o vídeo da formatura da primeira turma que ocorreu no dia 06/08/10:
Iniciativas como esta mostram que é possível (e necessário!) atualizar o sistema educacional. Pense sobre isto. Pensar para entender, sentir, mudar...
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
Capital Natural
Olá! Hoje vamos falar sobre Capital Natural, um conceito bastante difundido em 1999 por Paul Hawken, Amory Lovins e Hunter Lovis.
Mas o que é capital natural? Segundo a Wikipédia, capital natural é uma metáfora para os recursos naturais, como água, terra e os mínerais, quando vistos como meios de produção.
Assim, capital natural considera os serviços que a natureza realiza normalmente como: fornecimento de oxigênio, reciclagem dos nutrientes do solo, tratamento da água, manutenção do equilíbrio do clima, reciclagem de carbono, entre outros...
Você já parou para pensar que a natureza realiza estes serviços de graça? Mas que apesar da natureza não cobrar por estes serviços, eles representam um grande valor para toda a humanidade. Interessante, não?!
Alguns cientistas estão quantificando o valor deste capital natural, assim em um estudo de 1997, Robert Constanza (Universidade de Vermont, EUA) e outros cientistas estimaram o valor anual dos fluxos globais de 17 serviços da natureza. Os resultados mostram que o capital natural da Terra rende, anualmente, um fluxo médio estimado de US$ 33 trilhões (valores de 1994) por ano, valor 1,8 vezes superior ao produto bruto mundial (US$ 18trilhões)!
Este estudo deixa muitíssimo claro que os serviços da natureza proporcionam uma importante parte para o bem-estar humano neste planeta, assim é muito importante dar o devido valor a eles nos processos de decisão, caso contrário o bem-estar humano pode ser muito afetado.
Outra forma de ver esta comparação é que se quiséssemos substituir os serviços da natureza, precisaríamos aumentar o produto bruto mundial para US$ 33 trilhões. Esta “missão impossível” não aumentaria o bem-estar humano, pois apenas substituiria os serviços prestados pela natureza, e, além disso, esta suposição ignora o fato que vários serviços da natureza são literalmente insubstituíveis.
Se o valor do capital natural fosse considerado na economia, o sistema global de preços seria muito diferente. O preço dos produtos “commodity” que usam direta ou indiretamente os serviços da natureza seriam muito maiores, e os fatores econômicos, incluindo salários, juros e lucros mudariam drasticamente. O produto bruto mundial seria bastante diferente tanto em magnitude, quanto em composição se fossem adequadamente incorporados o valor dos serviços da natureza.
Outro importante uso do valor do capital natural é o de avaliação de projetos, onde a perda dos serviços da natureza seriam pesados contra os benefícios de um projeto específico.
Agora pense em quão diferente seriam os conceitos da economia e da sociedade se este conceito fosse utilizado intensivamente nos processos de decisão.
Pensar para entender, sentir, mudar...
Mas o que é capital natural? Segundo a Wikipédia, capital natural é uma metáfora para os recursos naturais, como água, terra e os mínerais, quando vistos como meios de produção.
Assim, capital natural considera os serviços que a natureza realiza normalmente como: fornecimento de oxigênio, reciclagem dos nutrientes do solo, tratamento da água, manutenção do equilíbrio do clima, reciclagem de carbono, entre outros...
Você já parou para pensar que a natureza realiza estes serviços de graça? Mas que apesar da natureza não cobrar por estes serviços, eles representam um grande valor para toda a humanidade. Interessante, não?!
Alguns cientistas estão quantificando o valor deste capital natural, assim em um estudo de 1997, Robert Constanza (Universidade de Vermont, EUA) e outros cientistas estimaram o valor anual dos fluxos globais de 17 serviços da natureza. Os resultados mostram que o capital natural da Terra rende, anualmente, um fluxo médio estimado de US$ 33 trilhões (valores de 1994) por ano, valor 1,8 vezes superior ao produto bruto mundial (US$ 18trilhões)!
Este estudo deixa muitíssimo claro que os serviços da natureza proporcionam uma importante parte para o bem-estar humano neste planeta, assim é muito importante dar o devido valor a eles nos processos de decisão, caso contrário o bem-estar humano pode ser muito afetado.
Outra forma de ver esta comparação é que se quiséssemos substituir os serviços da natureza, precisaríamos aumentar o produto bruto mundial para US$ 33 trilhões. Esta “missão impossível” não aumentaria o bem-estar humano, pois apenas substituiria os serviços prestados pela natureza, e, além disso, esta suposição ignora o fato que vários serviços da natureza são literalmente insubstituíveis.
Se o valor do capital natural fosse considerado na economia, o sistema global de preços seria muito diferente. O preço dos produtos “commodity” que usam direta ou indiretamente os serviços da natureza seriam muito maiores, e os fatores econômicos, incluindo salários, juros e lucros mudariam drasticamente. O produto bruto mundial seria bastante diferente tanto em magnitude, quanto em composição se fossem adequadamente incorporados o valor dos serviços da natureza.
Outro importante uso do valor do capital natural é o de avaliação de projetos, onde a perda dos serviços da natureza seriam pesados contra os benefícios de um projeto específico.
Agora pense em quão diferente seriam os conceitos da economia e da sociedade se este conceito fosse utilizado intensivamente nos processos de decisão.
Pensar para entender, sentir, mudar...
terça-feira, 3 de agosto de 2010
The Natural Step - Análise A, B, C, D
Vimos nas postagens anteriores o que é o TNS (The Natural Step) e as suas quatro condições sistêmicas (princípios de sustentabilidade). Hoje vamos ver de que forma aplicar o TNS.
Começaremos com a definição do termo “backcasting”, isto é, planejar antecipadamente a partir de um ponto de partida de sucesso no futuro. O termo, desenvolvido por um cientista da Universidade British Columbia, simplesmente diz respeito a “ver o passado a partir do futuro”. Interessante, não!?
Este termo me faz lembrar de uma citação de Peter Drucker:
“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.
Então vamos criar este futuro! Seguem os passos da Análise A, B, C, D:
A. Modelo de pensamento participativo
Compartilhar e discutir a estrutura de referência do TNS entre todos os participantes de um processo de planejamento. É importante nesta etapa que todos entendam como os 4 princípios da sustentabilidade podem ajudar a organização a se “sustentar” na crescente condição de escassez de recursos no planeta.
B. Observação da situação atual
Relacionar os problemas e os fluxos críticos do momento com referência aos princípios de sustentabilidade. “De que maneiras, e até que ponto, estamos contribuindo para a violação dos princípios de sustentabilidade no momento?” Então, desenvolver indicadores e instrumentos para monitorar a descontinuidade gradual dessas contribuições.
C. Reflexão sobre o futuro
Imaginar um futuro em que a empresa ou a atividade atual não fazem mais parte do problema. “Como os serviços que prestamos à humanidade, e nos quais somos especialistas, podem ser oferecidos de maneira a não contribuir para a violação dos princípios de sustentabilidade?” Relacionar todas as possíveis soluções (mesmo se forem economicamente “não realistas” em curto prazo).
D. Elaboração de um programa estratégico
Priorizar as soluções da lista C em um programa de atividades iniciais para a mudança. Começar pelas soluções mais fáceis e à medida que forem sendo implementadas, mais soluções da lista parecerão financeiramente realistas e poderão ser sucessivamente implementadas.
Para saber mais sobre o The Natural Step recomendo o site: www.thenaturalstep.org e o livro: The Natural Step - A História de uma Revolução Silenciosa, autor: Karl-Henrik Robèrt, editora Cultrix.
Na próxima postagem vamos falar de outros conceitos de sustentabilidade. Até breve!
Começaremos com a definição do termo “backcasting”, isto é, planejar antecipadamente a partir de um ponto de partida de sucesso no futuro. O termo, desenvolvido por um cientista da Universidade British Columbia, simplesmente diz respeito a “ver o passado a partir do futuro”. Interessante, não!?
Este termo me faz lembrar de uma citação de Peter Drucker:
“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.
Então vamos criar este futuro! Seguem os passos da Análise A, B, C, D:
A. Modelo de pensamento participativo
Compartilhar e discutir a estrutura de referência do TNS entre todos os participantes de um processo de planejamento. É importante nesta etapa que todos entendam como os 4 princípios da sustentabilidade podem ajudar a organização a se “sustentar” na crescente condição de escassez de recursos no planeta.
B. Observação da situação atual
Relacionar os problemas e os fluxos críticos do momento com referência aos princípios de sustentabilidade. “De que maneiras, e até que ponto, estamos contribuindo para a violação dos princípios de sustentabilidade no momento?” Então, desenvolver indicadores e instrumentos para monitorar a descontinuidade gradual dessas contribuições.
C. Reflexão sobre o futuro
Imaginar um futuro em que a empresa ou a atividade atual não fazem mais parte do problema. “Como os serviços que prestamos à humanidade, e nos quais somos especialistas, podem ser oferecidos de maneira a não contribuir para a violação dos princípios de sustentabilidade?” Relacionar todas as possíveis soluções (mesmo se forem economicamente “não realistas” em curto prazo).
D. Elaboração de um programa estratégico
Priorizar as soluções da lista C em um programa de atividades iniciais para a mudança. Começar pelas soluções mais fáceis e à medida que forem sendo implementadas, mais soluções da lista parecerão financeiramente realistas e poderão ser sucessivamente implementadas.
Para saber mais sobre o The Natural Step recomendo o site: www.thenaturalstep.org e o livro: The Natural Step - A História de uma Revolução Silenciosa, autor: Karl-Henrik Robèrt, editora Cultrix.
Na próxima postagem vamos falar de outros conceitos de sustentabilidade. Até breve!
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