Olá! Um novo ano se inicia e com ele também a esperança de
uma vida, de um mundo melhor...
Mas como manter esta esperança frente aos crescentes
problemas mundiais de todo o tipo? Será que esta esperança não é uma inocência perante
o caos mundial?
Hum, vamos ver o que as novas descobertas da ciência têm a
nos dizer sobre isso (baseado no livro “Liderança e a Nova Ciência” de Margaret
Wheatley):
- Novos modelos de entender a mudança e a desordem surgiram
da teoria do caos. Define-se um sistema como caótico quando se torna impossível
saber o que ele fará no momento seguinte. O sistema nunca se comporta da mesma
maneira duas vezes. Porém, como demonstra a teoria do caos, se observarmos um
sistema caótico ao longo do tempo, ele demonstra um estado de ordem inerente, suas
ações incontroláveis se mantêm no âmbito de uma fronteira invisível. O sistema
contém ordem em seu próprio interior. E revela esse auto-retrato como um belo padrão, seu atrator estranho (ver figura abaixo). Portanto,
existe em todo o universo ordem na desordem e desordem na ordem. Sempre
pensamos que a desordem fosse a ausência do estado de ordem, vista na própria
construção da palavra: des-ordem. Mas o
que acontece é uma dança – do caos e da ordem, da mudança e da estabilidade.
Assim, estamos diante de
complementaridades que apenas dão a impressão de serem polaridades. Nenhum
deles tem a primazia; um e outro são absolutamente necessários. Quando
observamos o crescimento, observamos o resultado da dança.
- Na química, Ilya Prigogine recebeu o prêmio Nobel de 1977
por seu trabalho que demonstrava como certos sistemas químicos se reorganizam
numa ordem de nível mais elevado quando se vêem diante de mudanças no ambiente.
Prigogine criou a expressão “estruturas dissipativas” para descrever a natureza
contraditória desses sistemas descobertos. A dissipação descreve uma perda, um
processo de escoamento gradual de energia, ao passo que a estrutura descreve a
ordem corporificada. Numa estrutura dissipativa, qualquer coisa que perturbe o
sistema tem o papel crucial de ajudá-lo a se auto-organizar numa nova
forma. Sempre que o ambiente oferece
informações novas e diferentes, o sistema escolhe se reage a ela ou não; se a
informação se transformar num distúrbio de tal magnitude que o sistema já não
possa ignorá-la, há por certo uma mudança real no horizonte. Nesse momento, com
tantas perturbações internas e longe do equilíbrio, o sistema se desintegra;
mas esta desintegração não significa a sua morte. Se puder manter a própria
identidade, um sistema vivo pode reconfigurar-se num nível superior de
complexidade, numa nova forma de si mesmo que consegue lidar melhor com o
presente. Dessa forma, as estruturas
dissipativas demonstram que a desordem pode ser a fonte de nova ordem,
e que o crescimento surge do desequilíbrio, e não do equilíbrio!
Então, alguns dos insights que estas descobertas da ciência nos trazem são os seguintes:
- A vida busca a ordem, mas usa a desordem para chegar lá. O
que acontece é uma dança – do caos e da ordem, da mudança e da estabilidade.
- O caos e a mudança
são caminhos para a transformação. O crescimento surge do desequilíbrio, e não
do equilíbrio.
Assim, o caos instalado em várias dimensões da sociedade (economia, meio ambiente, política, organizações,...) significa que precisamos repensar todas estas questões e evoluirmos como sociedade e como seres humanos!
Que 2012 seja um ano de profundas transformações, de evolução, de amor no sentido maior.
Que 2012 seja um ano de profundas transformações, de evolução, de amor no sentido maior.